Como sempre, faz tempo que não escrevo nada neste blog, e para mim, é sempre muito perigoso estar longe da natureza da loba.
Alguma hora dessas, tenho medo de me enfiar em um caminho sem volta.
Sempre que fico longe da minha alma, mergulho na mais completa escuridão do desespero, esqueço quem eu sou e desacredito da minha beleza, capacidade, competencia... literalmente não consigo enxergar nada disso.
Na escuridão só o que existe é o medo, a incerteza, a insegurança.
Quando finalmente escrevo aqui, é porque surgiu o famoso ponto de luz...
finalmente sei para que direção estava indo e noto o quanto andei desorientada e o quanto me atrasei.
Mas agora que o vejo (o ponto de luz) pouco apouco vou vendo tudo o que me acompanha na escuridão, e vejo tudo aquilo que mais temo. Meus piores pesadelos agora são visíveis, e tenho que enfrentá-los se quiser a mulher selvagem de volta.
Digo que neste momento estou parada, olhando cada um dos fantasmas que me rodeiam, porém , agora posso vê-los, eles não são uma ameaça invisível como outrora.
Posso lutar e seguir em frente , pois minha alma está lá, aguardando que eu lhe dê seu alimento, e eu, estou aqui, ainda com os olhos apertados de tanto tempo que fiquei no escuro.
Não há como çivrar-nos dos nossos piores medos se não nos colocarmos frente a frente com eles.
Um comentário:
Na escuridão eu clamei pela Senhora. E lá no fundo um ponto de luz apareceu.
Basta uma vela para vencer as sombras da noite!
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