sábado, 23 de maio de 2009

Medos


Será em frente a um espelho que me encontrarei, ou será olhando nos seus olhos , me vendo refletida na suas pupilas. Ou será vendo tua dança, tua dança da vida.

É lá que finalmente descansarei, porque finalmente terei me encontrado.

Depois de longos caminhos estarei entregue ao cansaço pois é lá onde irei repousar É lá que você sou eu e eu sou você e nossas vozes vagueiam e nossos corpos cintilam. E nossas vidas se fundem. Será que fechando os olhos, consigo sentir-me ou olhando-te consigo ter-me. Ter, finalmente ter a mim... mas só através de ti?? ou através de mim lá no espelho.

Mais uma vez olho nele e me vejo, e voltam as mesmas dúvidas os mesmos medos, as mesmas loucuras.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Me acostumando


Sabe o que está escrito no meu perfil sobre entender as pessoas?
Então... a preguiça já faz um tempo que foi embora e eu passei bastante tempo fazendo isso (tentando entender as pessoas)
muito esforço mental, dependendo até físico. e no fim vc vê que nada daquilo é real, ou é apenas por um momento.
Os librianos e piscianos vivem bem isso!!!
Mas os leoninos...
É difícil conviver com a instabilidade das outras pessoas, pois somos extremamente instáveis.
O fogo não é o mesmo... nunca, ele é um pra madeira, outro para os gases, outro para os líquidos, outro para os sólidos.
Me pergunto, será que este tempo todo era isso que eu deveria ter aprendido, que as pessoas na verdade são várias pessoas. Tudo depende, e exatamente por isso não devo me apegar em pessoa alguma, pois amanhã ela não será a que eu amei hoje.
UFA!
É incrível como a vida tem evidenciado as fases necessárias. Minha vida parece mais uma cenoura em rodelas... da rodela mais grossa até a mais fininha... quando será que conseguirei juntar essas rodelas e finalmente ser completa??
Talvez nunca não é? Afinal a vida é cheia de rodelas... e talvez cheguemos ao fim dela sem achar todas.
Essa é uma boa conclusão.... acho que não.. mas é essa que tenho no momento.

domingo, 10 de maio de 2009

O Bosque


Na entrada do bosque naquela noite de sábado, senti algo que não esperava que fosse sentir. Era para ser somente mais uma visita ao Bosque Maia, Deusa quantas vezes eu já fui até lá.


Mas havia algo diferente, a princípio achei que fosse o horário, 18h00 a quanto tempo eu não saia na rua ao cair na noite. Ao entrar pelo portão principal comecei a caminhar pelo chão de cimento dividido por um canteiro alto com flores, as luzes que vinham dos globos eram de um amarelo intenso e invadiam os meus olhos, senti um mistério no ar, olhei para o céu e ele estava ainda com resquícios da lua cheia escondida atrás das nuvens. haviam seres que voavam na luz seres brilhantes e travessos, e a medida que eu fui caminhando fui percebendo que o ar estava com um cheiro diferente, meu coração pulava e o nível de adrenalina aumentava a medida que as luzes foram ficando brancas. Senti vontade de parar e de ficar ali contemplando tudo aquilo. cheguei ao pequeno lago, ele sempe esteve ali mas na noite o verde era mais intenso e eu percebi que a água também estava ofegante como eu , podia ver desenhos em círculos de algo que a perturbava, como se alguém tivesse jogado uma pedra. Isso me fez sentir o vento que batia invisível como sempre, mas palpável para mim, ele se misturava aos meus cabelos e tocava de leve meu rosto deixando minhas bochechas frias. Mas eu não estava com frio, eu que sou tão friorenta, não estava com um pingo de frio. A Terra me envolvia com seu calor. e meus passos iam trazendo sua energia comigo. Mudei de caminho, comecei a andar pela parte mais alta do bosque onde o chão é de terra e as árvores estão bem mais próximas deixando uma trilha estreita e quente. Na trilha sentei em um dos bancos embaixo de um dos postes com globos amarelos. E ali permaneci por um bom tempo... meu coração não diminuiu o rítimo nem por um minuto e os seres voadores e terrestres não foram embora até que comecei a ouvir o ruído da chuva lá em cima... batendo nas folhas densas das árvores, e ali permaneci até o momento em que elas não puderam mais suportar e deixaram cair algumas gotas no meu rosto. a chuva não me incomodou nem me deixou preocupada... por mim teria ficado lá... no banco molhado, por mim teria tirado meu tênis e colocado os pés na terra molhada. e deixado meus cabelos se encharcarem. Mas , fui até a tenda e fiquei lá com medo da chuva e enfim comecei a sentir frio.


O medo me dá frio. e as crianças ainda brincavam dentro da tenda e eu ouvia seus gritos e risadas sem as observar. até que a chuva se foi... e eu também. Afinal é apenas um bosque, ele


não podia abrigar a mim e às crianças. Todos teríamos que ir embora mais cedo ou mais tarde, pois um simples passeio é um simples passeio, e não pode durar para sempre.


Mas eu voltarei lá, para sentir o verde do lago, o amarelo dos globos, o cheiro do ar, o grito das crianças, o calor da terra!!