terça-feira, 28 de julho de 2009

Os Lobos (muito interessante)

O lobo (Canis lupus) é um mamífero selvagem, pertencente à família dos canídeos, gênero Canis, considerado o ancestral do cão doméstico. Tem ampla distribuição geográfica, ocorrendo originalmente na Europa, Ásia e América do Norte. Ao longo dos séculos, o lobo foi um dos animais mais temidos e odiados pelo homem, e a caça e destruição do seu habitat o levaram a extinção em várias regiões em que antes era comum.
Características
Os lobos têm os maxilares fortes com dentes afiados. Os machos adultos podem medir 2 metros de comprimento(com a cauda) e pesam até 80 kg. Têm uma visão muito boa. Têm a audição muito aguçada e um olfato apurado. Eles caçam em grupo. Alimentam-se de cervos, alces, carneiros, bisontes, pássaros, peixes e serpentes.
A loba tem em média 6 crias de uma vez, que nascem cegas e sem defesa.
Em 24 horas, um lobo cinzento pode percorrer 200 km enquanto vigia seu territorio.
Sociedade
Alcatéia
Os lobos vivem em grupos familiares chamados de alcatéia. Sua liderança é feita por um macho e uma fêmea alfa, que são os reprodutores. O casal alfa inibe hormonalmente os outros lobos para que eles não acasalem. Os outros membros são em geral ninhadas mais velhas, mas podem ser também lobos não relacionados à família.
Quando a fêmea alfa vai ter filhotes, ela cava uma toca e permanece nela por semanas, pois é ali que os filhotes nascem e vivem seus primeiros dias, quando são mais frágeis. A mãe não permite que ninguém entre, nem mesmo o lobo alfa, a menos que seja para lhes trazer comida. Quando os filhotes estão grandes o suficiente, eles são levados para fora da toca e apresentados aos outros membros da alcatéia. Todos os membros cuidam dos menores. O grupo se reveza patrulhando o território, caçando e tomando conta dos filhotes. Os lobos que chegam de uma caçada regurgitam pedaços de carne para os jovens. Quando os lobos crescem, poderão sair da alcatéia para formar o seu próprio grupo familiar. Os machos tendem a sair mais cedo do que as fêmeas.
Os anos solitários são os mais difíceis pois, como disse Rudyard Kipling, o autor de O Livro da Selva: "O lobo é a força da alcatéia e a alcatéia é a força do lobo".
Caçada
Os lobos, ao contrário dos felinos (como leões, tigres, leopardos), não dependem nem de velocidade nem do elemento surpresa para pegar as presas. A sua estratégia baseia-se na resistência e as caçadas podem durar dias.Podem andar durante vários quilômetros acerca de 10 km/h, mas há casos em que atingem cerca de 65 km/h numa perseguição, caso haja necessidade. Os dentes dos lobos são ideais para segurar a presa, diferente dos dentes dos felinos, que são ideais para dilacerar. Por causa dessas estratégias, os lobos são muito mais eficientes na caçada, sendo mais vezes bem sucedidos do que os felinos em geral. Porém, os lobos não causam em geral carnificinas entre as populações de grandes herbívoros, pois na maioria das vezes caçam animais velhos, feridos, doentes ou filhotes vulneráveis. Assim, fora os filhotes perdidos, eles acabam tornando a manada mais saudável. informação retirada de:http://en.wikipedia.org/wiki/Wolf
Uivo
Canis lupus
Os lobos solitários uivam para convidar uma loba (ou lobo) para se tornar sua companheira (ou companheiro). Então eles se tornam o lobo e a loba alfa de uma nova alcatéia. Os lobos também uivam para comandar caçadas, pedir ajuda, marcar território, chamar outros membros ou simplesmente porque estão com vontade.
Conservação
Antes um carnívoro distribuído globalmente, o lobo agora está extinto em muitas regiões. Encontra-se extinto no Japão e na maior parte da Europa Ocidental, como Grã-Bretanha, Alemanha e Países Baixos. Nos Estados Unidos encontra-se quase erradicado, exceto no Alasca, mas programas de reintrodução da espécie existem desde os anos 1990.
Na Europa ainda há lobos selvagens na Península Ibérica, Escandinávia, Itália, Grécia e Europa Oriental. Na França há uma minúscula população na fronteira com a Itália. A maior população encontra-se na Rússia.
Na Península Ibérica ocorre a subespécie Canis lupus signatus (lobo-ibérico), com uma população de cerca de 2000 indivíduos, dos quais cerca de 300 ocorrem no norte de Portugal.
Apesar dos mitos sobre sua perigosidade, o lobo é um componente muito importante na cadeia alimentar e a sua eliminação causa graves desequilíbrios ecológicos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo

domingo, 12 de julho de 2009

A mulher selvagem


A que uiva, a que sabe do que necessita e corre em busca do que necessita.
Sim, porque a muito não sabemos do que realmente necessitamos.Temos casa, trabalho bem sucedido, família, marido, bens, dinheiro, e quando olhamos para o fundo da nossa alma vemos que não era nada disso do que precisávamos.
A cada conquista vamos afundando a nossa natureza selvagem, para nos adequar às formas da sociedade, da religião, da tradição.
Não quero com esse texto expressar revolta, embora ela às vezes venha á tona como um sentimento não muito saudável. E essa revolta que sinto é única e exclusivamente em relação a mim mesma, não a ninguém.
Quero escrever este texto para me dar esperança de que sou consciênte de cada passo que dou em minha vida, seja ele contra ou a favor da minha alma.
Estava lendo novamente a introdução do livro que inspirou este blog (Estés, Clarissa Pínkola:Mulheres que Correm com os Lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem Rio de Janeiro:Rocco, 1994) e me lembrei claramente de como me sentia aos meus 12 anos.
Eu visitava o sítio da minha tia que morava no interior de Alagoas em uma cidade do Agreste chamada São José da Laje, lembrei - me claramente, como o sol nascente iluminando minha mente. Um rio corria na frente do sítio, a terra respirava aos meus pés e o cheiro dos animais, do adubo e da sárvores enchia toda a atmosfera. Eu ia até aspedras do rio e ficava lá... olhando... com medo de alguém me achar louca, mas ele me chamava sempre que eu chegava no sítio.
Quantas vezes meu pai, minha mãe minha tia me censuraram porque eu queria andar, pular, sujar-me de terra entrar no rio ... mas eu já era uma "mocinha". E foi exatamente assim que comecei a ter medo de ser selvagem, porque queridos leitores, nos meus 12 anos eu era selvagem e eu nem sabia disso., eu descobri o mundo sozinha, eu observei o mundo sozinha. E a criança, a mãe, a donzela e a Anciã que estão dentro de mim eram vivas, todas as faces daDeusa eram vivas em mim!
O livro explica bem o que é ser selvagem, eu posso dizer que eu reesumo ser selvagem em "algo que não se domestica". E o que é domesticar? É moldar o comportamento de um animal para servir ao homem. (muitos risos). Engraçado como isso não se aplica somente a animais, a quanto tempo nós mulheres não somos domesticadas? Engraçado alguns dicionários definirem a palavra domesticidade= familiaridade.
Mas porque tudo precisa ser familiar??
Porque tudo precisa ser igual?
Voltando à minha infância, como sinto falta do fogo que eu sentia queimando meu coração cada vez que eu encontrava algo na beira do rio, uma pedra, uma pena de uma ave, quando via um cavalo ao longe... e quando montava... quando colhia frutas das árvores, laranjas, acerolas, maracujás.
Certa vez me lembro que estava em baixo do péde maracujá quando avistei uma folha totalmente coberta por lavas. e certa vez descobri uma nova planta que deu um fruto que ninguém conhecia... era da minha altura a arvorezinha...
Lembro-me que eu falava com o açude, e com o vento e ao anoitecer o coachar das rãs me respondiam.
A noite era escura e intensa... era maravilhosa !!!
Eu sentia muitas emoções, eu era cheia de vida, e a Grande Mãe sempre tentou me acompanhar.
Na faculdade que fiz também em outra cidade das Alagoas, eu podia visualizar duas lagoas encontrando-se com o Mar... um fenômeno raríssimo... só há mais um lugar no mundo que se pode ver essa maravilha. Lá dentro havia muito verde e foi lá dentro do Campus que eu senti pela última vez o "fogo" queimar minhas entranhas. Foi quando plantei uma muda de Oliveira!!!
E ainda pude sentir algumas fagulhas ao sentar debaixo dos pés de manga (de saia mesmo) na hora do intervalo.
Hoje olhando o que sobrou da Natália de 12 anos, sinto um vazio, por não ter nunca me entregado de corpo e alma ao rio... quem sabe ele não teria me levado paraminha família de cisnes... ou até mesmo poderia ter me perdido na floresta e ter encontrado Baba Yaga, a Bruxa da casa de doces, ou até mesmo poderia ter encontrado minha família de cisnes, deslumbrantes, aplaudindo-me por eu ter penas negras!

Me pergunto se conseguirei resgatar a Loba... é tão simples e ao mesmo tempo tão complicado .
Trata-se de coragem.
De destemor, de "peito" para enfrentar a dor, "assim como a loba que matou seu filhote que estava mortalmente ferido"- introdução, página 17-.
Enfrentar as perdas,. SSer eu mesma... ter 12, 25 e 90 anos em apenas um dia.
Confesso que senti meu coração em chamas escrevendo este texto!
Aos poucos ela arde eo deixa em carne viva... viva!!
Como é bom sentir o êxtase da vida, e deixar o rio me levar assim como as pedras.
Paz ebençãos para todos!
E que nós continuemos sempre correndo farejando nossa alma, com as orelhas de pé e os olhos brilhantes. Com a intuição e a percepcão femininas à flor da pele!