domingo, 15 de novembro de 2009

Música da Morte


E a música soa, lenta e linda.  Meus ouvidos não querem deixar deouví-la, é como uma droga que sacia meu vício.
Mas é esse seu objetivo, que eu a escute, de novo, e de novo, e de novo.
E cada vez que ela se repete algo me é tirado.
E eu a ouço, não consigo parar, como é lindo e doce seu som, como é maravilhoso, não posso parar.
Desse som depende minha vida, porém édele que vem a Morte.
E como ele é cruel em não tirar de vez a minha vida, não não não... ele tira minha felicidade, meus amores, meus sonhos, meu sorriso, minha beleza, ele vai tirando tudo de mim, e esta última vez, ele  tirou minha esperança.
Porque não me tira a vida?
Leva meu sopro, minha respiração, leva... deixe-me fria, leve meu sangue...pela Deusa!
Quando Ó Morte, quando eu não terei mais que ouvir este som?? Quando essa música acaba?
Eterno..sofrimento eterno...eternidade, sem esperanças nem de morrer... então continue tocando, ó Anjo, continue, é o que me resta, e é tão  lindo, tão doce, tão suave. Não pare...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Presença


A fumaça do incenso se funde com a melodia, as luzes começam a se misturar com as cores e o ar com o calor.
Ela está aqui, meu ventre pulsa, meus pés esquentam, minha alma se ergue, e assim eu danço, e agora, eu sou a música e a fumaça, eu sou o calor e a vida, eu sou Ela e ela está em mim... um só corpo, uma só alma.
Ela beija meu rosto e seus lábios têm uma luz lilás, ela me olha e seus olhos têm uma luz verde, Ela me toca e suas mãos têm uma luz branca.
Ela fala, e sua voz é dourada!
Sua voz é doce!
como é suave!
Como é forte!
Eu estremeço, e por fim desfaleço!
Ela a Deusa está aqui comigo, e só isso basta!!

Ao leitor

Um dia destes perguntei a alguém qual era meu pior defeito.
Ora, vejam só a minha pergunta.. pior defeito... e por acaso existe melhor defeito?
E por acaso existe pior qualidade?
Como diria meu pai, pergunta medíocre.
Existiam tantas outras formas de se construir esta pergunta para torná-la um pouco mais coerente... sim meus caros amigos, porque menos tola... impossível.
Realmente somos todos complexos, e cheguei à conclusão de que não é a complexidade que está deixando de existir, e sim as pessoas que estão deixando de ter curioidade de estudá-la.

Tentei recuperar esta curiosidade fazendo esta pergunta e acabei percebendo que além de não saber mais formular perguntas, ainda pior que isso, não sei as respostas.
E tudo volta a ser como era, nada mudou, nem a pergunta, nem a resposta, nem a passoa a qual ambas se referem.

Respeitosamente,
Alguém que ainda não se encontrou